O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra deflação pelo segundo mês consecutivo e recua 0,36% em agosto. Segundo o IBGE, no mês anterior, a inflação teve queda de 0,68%. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (9).
No ano, a inflação acumulada é de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%. A última vez que a inflação acumulada de 12 meses esteve no patamar de um dígito foi no período de setembro de 2020 a agosto de 2021.
O resultado é influenciado, principalmente, pelo setor de transportes, por causa da continuidade de quedas nos preços dos combustíveis. Em agosto, os quatro combustíveis sofreram retração. A diminuição dos preços é comemorada pelos motoristas.
De acordo com a colunista da BandNews FM Juliana Rosa, a deflação foi impactada principalmente pelas medidas que diminuíram impostos como o ICMS.
O setor de alimentação e bebidas desacelerou, saindo de 1,30% em julho, para 0,24% em agosto. Itens importantes na mesa do consumidor brasileiro, como tomate, batata-inglesa e óleo de soja, desaceleraram nesse período.
Houve recuo também de 1,78% no preço do leite longa vida. No entanto, houve inflação nos preços de alimentos como o frango em pedaços, queijo e frutas. Mesmo assim, o setor se manteve próximo à estabilidade.
Mas para a auxiliar de escritório Maria Nascimento ir às compras tem sido uma tarefa cada vez mais difícil.
Sete das nove atividades pesquisadas apresentaram alta em agosto. Regionalmente, três das 16 áreas avaliadas também subiram. A maior variação positiva foi em Vitória, na Bahia, influenciada pela alta na energia elétrica. Já menor resultado ocorreu em Recife, em Pernambuco, impactado pela queda nos preços da gasolina.