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Jogador Paulinho, do Vasco, é pego em Lei Seca na Barra da Tijuca, na Zona Oeste

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o crime pode ter pena de seis meses a um ano de detenção

Por Daniel Henrique

Paulinho é pego na Blitz
Paulinho é pego na Blitz
Reprodução

Vai responder por entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, o homem que cobrou R$ 300 para retirar o veículo do jogador do Vasco Paulinho de uma blitz da Lei Seca na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o crime pode ter pena de seis meses a um ano de detenção.

O episódio aconteceu na Avenida Lúcio Costa. O jogador Paulinho foi multado ao ser abordado na blitz por não apresentar o documento de habilitação. Em seguida, Thiago Almeida Bianchi de Mattos se ofereceu para dirigir o veículo por alguns metros em troca do valor, já que o atleta só poderia deixar o local com algum motorista habilitado.

No entanto, um drone da Lei Seca acompanhou o carro e flagrou a dupla parando cerca de 500 metros depois para Paulinho retomar a direção. O jogador foi novamente abordado e multado pela segunda vez.

Já Thiago foi preso. Para o especialista em prevenção e segurança no trânsito, Fernando Pedrosa, deveria ser criada uma infração específica para o que chama de 'resgate oportunista', prática que, segundo agentes da Lei Seca, é comum no Rio de Janeiro.

"O Código de Trânsito é extremamente dinâmico e desde a sua vigência, em 98, já sofreu quase cinquenta modificações. Já está na hora de uma nova alteração, criando a infração do 'resgatista oportunista', que cobra pelo serviço e ainda comete o crime de devolver o veículo para uma pessoa inabilitada. Missão para o Congresso Nacional."

Segundo a Lei Seca, Thiago já havia praticado o resgate de motoristas multados pelo menos outras 815 vezes. Se o valor de 300 reais tiver sido cobrado por cada serviço ilegal prestado por Thiago, a estimativa é de que ele tenha faturado cerca de 245 mil reais com a prática.

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