O julgamento da ex-deputada Federal Flordelis, ré pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, chega ao terceiro dia. Até terça-feira (8), apenas seis das mais de 30 testemunhas convocadas prestaram depoimento no Tribunal do Júri, no Fórum de Niterói, Região Metropolitana do Rio.
Além da ex-parlamentar, denunciada como a mandante do crime, três filhos dela e uma neta também estão no banco dos réus. São eles: Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, a filha dela Rayane dos Santos Oliveira, e os filhos afetivos da ex-deputada André Luiz Oliveira e Marzy Teixeira da Silva.
Nesta quarta-feira, será dada continuidade na oitiva das testemunhas. Seis de acusação faltam ser ouvidas, para que depois comecem a prestar declarações as testemunhas de defesa.
Até o momento, nem o assistente de acusação nem os advogados de defesa dos réus abriram mão do depoimento de nenhuma testemunhal. Eles afirmam que fazem questão do relato de todas as pessoas selecionadas. Dessa maneira, o julgamento pode se arrastar ainda pelos próximos dias.
Até chegar o momento dos sete júris deliberarem pela condenação ou inocência dos réus, o rito do julgamento é: depoimento de todas as testemunhas, depois o depoimento dos cinco réus, em seguida são as alegações finais do Ministério Público e assistente de acusação, alegações finais das defesas.
O MP, assistente e defesa ainda têm direito a réplica e tréplica. Só depois o júri decide se os réus são culpados ou inocentes. Caso os jurados votem pela condenação, em seguida a juíza Nearis Arce estipula a sentença com tempo e regime prisional.
Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Já Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira respondem por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada; e Rayane dos Santos Oliveira, por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.
