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Justiça decide marcar novo julgamento dos acusados por morte de Patrícia Amieiro

Com a decisão, os envolvidos passam a ser acusados de homicídio e vão júri popular, o que é previsto para crimes contra a vida

Gabriela Souza

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Morte de Patrícia Amieiro completa 14 anos
Reprodução

Por unanimidade, a Justiça do Rio decidiu que vai marcar um novo julgamento dos acusados pela morte da engenheira Patrícia Amieiro. Segundo a denúncia do Ministério Público, o carro dela teria sido confundido com o de traficantes e atingido por tiros de policiais. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

Com a decisão da Oitava Câmara Criminal, Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Wilian Luis do Nascimento, que já tinham sido condenados por fraude processual, serão julgados novamente por tentativa de homicídio. Já os réus Fábio da Silveira Santana e Marcio de Oliveira Santos vão a júri popular por fraude processual. A decisão do colegiado levou em consideração os laudos pericias anexados ao processo, que contradizem a primeira sentença, de 2019.

O irmão de Patrícia, Adryano Amieiro, diz que, agora, a família vê uma chance de que a justiça seja feita e espera que a data do Tribunal do Juri seja marcada em breve.

A defesa dos policias envolvidos alegou, na época, que a ocorrência não envolveu disparos de arma de fogo, e que, por esse motivo, eles não poderiam ser julgados por homicídio. O advogado de defesa da família da engenheira, Alexandre Dumas, explica que os laudos anexados ao processo indicam que houve tiros. Quando esse tipo de contradição acontece, a decisão anterior é anulada.

Além disso, uma nova testemunha também vai ser ouvida. Um taxista, que procurou a BandNews FM em 2020, relatou que presenciou a ação de policiais, retirando a jovem do carro logo após os disparos, ainda com vida.

Essa testemunha prestou depoimento ao Ministério Público, que encaminhou as informações à Justiça.

Patricia Amieiro desapareceu em junho de 2008, aos 24 anos. O pai dela morreu em setembro de 2021, sem ver um desfecho do caso.

Em nota, o advogado de defesa dos quatro policiais militares,  Luiz Felipe Alves, disse  que a decisão violou a constituição federal e o código de processo penal,  e que vai recorrer.

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