Justiça determina que corpo de belga continue preservado no IML

Medida acontece após o Procurador-Geral de Berlim, capital da Alemanha, manifestar interesse em realizar uma segunda necropsia com o chefe legista de um hospital alemão no corpo da vítima

Por João Boueri

Justiça determina que corpo de belga continue preservado no IML
Justiça determina que corpo de belga continue preservado no IML
Reprodução/Google Street View

A Justiça do Rio determina que o corpo do belga Walter Henri Maximilien permaneça preservado no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio. A medida acontece após o Procurador-Geral de Berlim, capital da Alemanha, manifestar interesse em realizar uma segunda necropsia com o chefe legista de um hospital alemão no corpo da vítima.  

O Procurador-Geral de Berlim deve vir ao Rio no mês que vem para realizar o novo procedimento. O cônsul Uwe Herbert Hahn é réu pelo homicídio, que teria sido cometido contra o marido, em agosto do ano passado.  

O Ministério Público de Berlim abriu investigação contra Uwe por homicídio. O Código Penal da Alemanha prevê prisão perpétua para o crime.  

Seis meses depois da morte do belga Walter Henri Maximillien, o cônsul alemão que responde na Justiça pelo crime, sequer foi intimado das decisões judiciais. O corpo do belga continua acautelado no Instituto Médico Legal, enquanto não há definição das autoridades belgas e brasileiras acerca da realização de nova perícia necroscópica por peritos alemães.

Em agosto do ano passado, a Justiça determinou o relaxamento da prisão do cônsul, que havia sido detido em flagrante. Na ocasião, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita alegou excesso de prazo para que o Ministério Público oferecesse denúncia contra ele. Em seguida, o acusado embarcou para a Alemanha. Cinco dias depois, o Ministério Público do Rio ofereceu denúncia contra ele. No mesmo dia, Uwe Herbert Hahn virou réu, após a Justiça aceitar o pedido do MP.

Mesmo com a inclusão do alemão na lista da Interpol, o fato do cônsul se encontrar na Alemanha impede uma possível extradição, proibida na Justiça do país em que Uwe Herbert Hahn se encontra, uma vez que o processo ainda não foi concluído.

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