
A Justiça do Rio converte para preventiva a prisão em flagrante do sargento da Marinha acusado de matar o vizinho após supostamente confundi-lo com um bandido. O caso aconteceu no Colubandê, em São Gonçalo, na última quarta-feira (2).
A Polícia Civil chegou a indiciar Aurélio Alves Bezerra por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Durante audiência de custódia, no entanto, o caso foi reclassificado como homicídio doloso após um pedido do Ministério Público do Rio.
Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi atingido por dois disparos, um no abdômen e outro na coxa, ao tentar entrar na própria casa. De acordo com a esposa da vítima, Luziane Teófilo, o sargento não deu chance de defesa a ele.
A irmã da vítima, Fabiana Teófilo, acusa o militar de racismo.
O corpo de Durval foi enterrado nesta sexta-feira (4), sob forte comoção de amigos e familiares, que também protestaram.
A BandNews FM teve acesso ao depoimento do sargento. Aos policiais, Aurélio disse que atirou contra a vítima para reprimir uma agressão iminente, que ele acreditava que iria acontecer.
Segundo ele, Durval se aproximou rapidamente e mexia em algo, na região da cintura, o que o levou a acreditar que se tratava de uma arma de fogo. Aurélio ainda disse que a película do carro é escura e que estava chovendo, o que teria dificultado a visibilidade no momento do crime.
ACOMPANHE O COMENTÁRIO DO ÂNCORA RODOLFO SCHNEIDER