Militar que matou vizinho vai responder por homicídio doloso

Inicialmente, ele havia sido indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar

Priscila Xavier e Pedro Dobal

Família do repositor Durval Teófilo Filho acusa o Aurélio Alves Bezerra de racismo Reprodução
Família do repositor Durval Teófilo Filho acusa o Aurélio Alves Bezerra de racismo
Reprodução

A Justiça do Rio converte para preventiva a prisão em flagrante do sargento da Marinha acusado de matar o vizinho após supostamente confundi-lo com um bandido. O caso aconteceu no Colubandê, em São Gonçalo, na última quarta-feira (2).

A Polícia Civil chegou a indiciar Aurélio Alves Bezerra por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Durante audiência de custódia, no entanto, o caso foi reclassificado como homicídio doloso após um pedido do Ministério Público do Rio.

Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi atingido por dois disparos, um no abdômen e outro na coxa, ao tentar entrar na própria casa. De acordo com a esposa da vítima, Luziane Teófilo, o sargento não deu chance de defesa a ele.

A irmã da vítima, Fabiana Teófilo, acusa o militar de racismo.

O corpo de Durval foi enterrado nesta sexta-feira (4), sob forte comoção de amigos e familiares, que também protestaram.

A BandNews FM teve acesso ao depoimento do sargento. Aos policiais, Aurélio disse que atirou contra a vítima para reprimir uma agressão iminente, que ele acreditava que iria acontecer.

Segundo ele, Durval se aproximou rapidamente e mexia em algo, na região da cintura, o que o levou a acreditar que se tratava de uma arma de fogo. Aurélio ainda disse que a película do carro é escura e que estava chovendo, o que teria dificultado a visibilidade no momento do crime.

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