
A mãe e o padrasto de uma criança de quatro anos, acusados de agredir o menino até a morte, têm a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça. O casal foi detido na quinta-feira da semana passada (16), após funcionários de uma unidade de saúde acionarem os policiais.
Nathan Ribeiro foi levado à UPA de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, já morto. De acordo com a Polícia Civil, os agentes foram até a unidade e conversaram com os médicos, que constataram diversos hematomas pelo corpo da criança.
Jonatas Silva Monteiro e Thiffany Ribeiro e Silva chegaram a dizer que o menino tinha caído da cama naquele dia e também cinco dias antes. No entanto, a investigação mostrou que os dois estavam mentindo.
Os policiais foram até à casa onde vivia o casal, no mesmo terreno de familiares de Jonatas. Os parentes disseram que os dois agrediam a criança constantemente, e o casal foi preso.
Um dia antes da morte de Nathan, os pais e a irmã de Jonatas chegaram a conversar com o acusado, para evitar novos crimes.
Já uma parente de Thiffany contou à polícia que Nathan tinha um hematoma na testa, porque no dia 11 de janeiro, levou uma cotovelada do padrasto e caiu de cara no chão.
O delegado Tiago Venturini conta que os presos sempre evitaram prestar socorro ao menino e só procuraram a UPA, quando Natan já estava morto.
A mãe, vendo que o filho estava com diversos hematomas pelo corpo, preferiu não levar a criança para o hospital. Ela teria se consultado com uma farmacêutica e dado certa medicação. O fato de eles não terem levado a criança no hospital é que os médicos, ao visualizarem o corpo da criança cheio de hematomas, certamente iriam comunicar à polícia. Em última instância só que eles fizeram isso, quando a criança já não tinha mais vida.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu confirmou que a criança de quatro anos já chegou em óbito à UPA de Miguel Couto.
O caso aconteceu no mesmo dia em que a mãe e o padrasto de um menino de dois anos foram presos em Duque de Caxias, também na Baixada, acusados pelo mesmo crime. Os policiais também foram acionados por profissionais da saúde. Os funcionários da UPA para onde a criança foi levada apontaram hematomas e desnutrição. Os acusados também alegaram que o menino tinha sofrido uma queda, só que de um sofá.