O laudo da exumação do corpo de Fernanda Dias Cabral, de 22 anos, indicou que a jovem realmente morreu envenenada. A suspeita de cometer o crime é a madrasta dela, Cíntia Mariano Dias Cabral, que já está presa acusada de tentar matar envenenado o irmão de Fernanda, Bruno Dias Cabral, de 16 anos.
De acordo com o documento do Instituto Médico Legal (IML), a qual a BandNews FM teve acesso, a causa da morte da jovem foi intoxicação exógena e o que o instrumento usado foi ação química por envenenamento.
Fernanda morreu no dia 27 de março, depois de ficar 13 dias internada na Unidade de Pronto Atendimento (UTI) do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.
As suspeitas de que a estudante poderia ter sido morta envenenada surgiram cerca de dois meses depois, quando o irmão dela passou mal ao comer um feijão preparado por Cíntia e apresentar sintomas semelhantes aos de Fernanda, no dia 15 de maio. Bruno ficou internado na mesma unidade de saúde da irmã e sobreviveu.
O material gástrico do adolescente também foi analisado e os peritos constataram que ele sofreu intoxicação por chumbinho.
Cíntia Mariano foi presa no dia 20 de maio por tentativa de homicídio contra Bruno. Mas o delegado Flávio Rodrigues, titular da Delegacia de Realengo (33ª DP), afirmou que após o resultado da exumação do corpo de Fernanda irá indiciar a madrasta também pelo homicídio da jovem.
Os investigadores ainda tiveram acesso ao prontuário médico de Fernanda, do Hospital Municipal Albert Schweitzer. Segundo o ficha médica, a jovem morreu por acidose, que é um desequilíbrio do pH sanguíneo, com aumento da acidez sanguínea.
A BandNews FM tenta contato com a defesa de Cíntia Mariano, mas ainda não teve retorno.