
Vai passar pela análise das comissões da Câmara Municipal o projeto de lei que propõe a proibição da contratação, por parte do município, de shows, artistas e eventos abertos ao público que envolvam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas.
O texto, protocolado na última segunda-feira (17) pelos vereadores Talita Galhardo (PSDB) e Pedro Duarte (Novo), recebeu o nome de 'lei anti-Oruam', em referência ao cantor Oruam, filho de um dos líderes do Comando Vermelho, Marcinho VP, preso desde 1996.
O projeto foi protocolado pela primeira vez na cidade de São Paulo, pela vereadora Amanda Vettorazo (União Brasil), e na esfera federal pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil).
Segundo a vereadora Talita Galhardo, a proposta busca não romantizar o crime organizado e "não enaltecer bandido". Já o vereador Pedro Duarte diz que "uma coisa é a liberdade de expressão, outra coisa é o Poder Público financiar, com dinheiro do contribuinte, espetáculos que cultuam, em suas letras, o tráfico.".
Na edição do ano passado do festival Lollapalooza, Oruam se apresentou vestindo uma camisa com a foto de Marcinho VP e escrito 'Liberdade'.