A reconstrução do estado do Rio Grande do Sul vai demandar recursos públicos e privados nos próximos meses. A afirmação é do presidente Lula, que cumpriu agenda na cidade do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (12).
O presidente esteve acompanhado de ministros do Governo Federal, autoridades políticas e empresários do setor energético e transição ecológica, tecnologia e inovação, e inclusão social no Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio.
O político participou da sessão de abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 do Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), realizado pela primeira vez na América Latina.
Lula disse que o capital privado pode ser um aliado na reconstrução do Rio Grande do Sul, se for investido com a mesma visão do Estado.
Estamos vivenciando as mudanças climáticas em primeira mão com as enchentes do Rio Grande do Sul, cuja reconstrução demandará investimentos maciços do governo e do setor privado. Não há negacionismo capaz de refutar a tragédia que se abateu sobre nossos irmãos gaúchos. O investimento público é decisivo para induzir o desenvolvimento. Mas o capital privado pode ser um aliado dinâmico, se Estado e empresariado convergirem em torno de uma mesma visão de futuro.
No início da semana, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul entregou a deputados estaduais, federais e senadores um documento com mais de 70 propostas de medidas consideradas urgentes para a recuperação do setor industrial e da economia do estado.
Em maio, o presidente Lula anunciou um pacote de 12 medidas com mais de R$ 50 bilhões para auxiliar famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios no Rio Grande do Sul.
Mais de 16 mil empresas foram afetadas pelas enchentes, segundo o Sebrae. A maioria são micro, pequenas ou de empreendedores individuais. Apenas 4% vão conseguir retomar a normalidade até julho.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, mais de 170 mortes foram registradas em consequência dos temporais.