O advogado da mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, menino de 10 anos morto por policiais no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, pediu o desarquivamento do processo. O caso ocorreu em 2015. Naquele ano, um inquérito provou que o tiro, que Eduardo levou na porta de casa, partiu de um agente, mas nenhum profissional foi indiciado.
O relatório final do inquérito apontou arquivamento, alegando que a ação se deu, por erro, em um contexto de reação defensiva contra criminosos armados.
Na representação, protocolada ao Ministério Público do Rio, João Pedro Accioly cita que houve fraude processual, organização criminosa, homicídio e tentativa de homicídio.
Em um dos trechos do documento, o qual a BandNews FM teve acesso, moradores do Alemão, familiares de Eduardo e até mesmo policiais da UPP da região negaram que havia confronto armado no momento em que Eduardo foi atingido. Um dos agentes negou ter visto a criança com uma arma na mão, como alegaram os agentes apontados como os atiradores.