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Maiores estações de tratamento de esgoto operam com cerca de 30% da capacidade

A situação mais preocupante é na estação Sarapuí, em Belford Roxo, na Baixada, que recebe cerca de 15% do que poderia tratar

Pedro Dobal

O acordo prevê que, em 12 anos, pelo menos 90% do esgoto seja coletado e tratado
O acordo prevê que, em 12 anos, pelo menos 90% do esgoto seja coletado e tratado
José Cruz/Agência Brasil

As quatro maiores estações de tratamento de esgoto do Rio de Janeiro operam com cerca de 30% da capacidade. A conclusão é de um levantamento feito pela Águas do Rio, concessionária responsável pelo serviço de saneamento de 26 municípios e de grande parte da capital fluminense.

A situação mais preocupante é na estação Sarapuí, em Belford Roxo, na Baixada. A estrutura tem capacidade para tratar até 1.500 litros de água por segundo, mas a vazão atual é de apenas 237 litros por segundo, cerca de 15%.

A estação Alegria, que fica no Caju, na Zona Portuária do Rio, é a maior delas, mas opera com pouco mais da metade da capacidade total. O local recebe somente 1.400 dos 2.500 litros de água poluída que poderiam ser tratados a cada segundo.

Para o consultor ambiental Luiz Renato Vergara, o principal desafio é terminar a construção das redes que levam o esgoto das casas até as estruturas.

O presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, promete ampliar e modernizar as principais estações nos primeiros cinco anos de operação.

A Águas do Rio afirma que vai investir R$ 74 milhões em obras nessas instalações, sendo R$ 32 milhões apenas na estação Alegria. Segundo a companhia, também foi contratada uma consultoria para fazer um diagnóstico e o real dimensionamento das estruturas.

Pelo contrato de concessão, está previsto um investimento de R$ 2,7 bilhões na construção de coletores ao redor Baía de Guanabara até 2026. O acordo prevê que, em 12 anos, pelo menos 90% do esgoto seja coletado e tratado pela empresa.

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