O Ministério da Saúde anuncia a reabertura de 305 leitos em unidades de saúde federais do Rio de Janeiro. Apesar da medida, 270 leitos da rede permanecem bloqueados, segundo a própria pasta.
Entre os desafios para a reabertura, está a falta de pessoal. Segundo a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio, há 13 anos não se realiza concurso público para a rede federal de saúde no Rio, e há ainda a previsão de aposentadoria de 500 funcionários esse ano, como explica o presidente da comissão, o vereador Paulo Pinheiro.
A Ministra da Saúde, Nisia Trindade, afirma que a contratação de pessoal e reestruturação das unidades é a prioridade nesse momento.
A abertura de novos leitos garante a redução da fila de espera por atendimentos especializados e cirurgias eletivas, além de retomar parte importante da capacidade do complexo hospitalar referência para a população de todo estado.
O ex-secretário municipal de saúde do Rio, e pesquisador da Fiocruz, Daniel Soranz, contesta a informação do Ministério da Saúde sobre a reabertura de leitos, afirma que houve apenas uma mudança na nomenclatura no sistema e que a alteração não impacta no atendimento.
Como parte do plano estratégico de ações para melhorar a qualidade das unidades hospitalares federais do estado, foi instituído um Grupo de Trabalho com objetivo de prestar apoio institucional no desenvolvimento e avaliação das ações de atenção à saúde.
O foco é na elaboração um plano de emergência para combater os problemas identificados na rede hospitalar federal, como alas e salas cirúrgicas fechadas, falta de profissionais e de equipamentos.
Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre a contestação feita pelo ex-secretário municipal de saúde do Rio.