Notícias

Massa falida do antigo Grupo Galileo constrói muros em imóvel da UniverCidade

Moradores de Ipanema, na Zona Sul do Rio, alertavam quanto a invasão do prédio por pessoas em situação de vulnerabilidade e o aumento da insegurança na região

João Boueri*

Muros foram construídos no local para evitar as seguidas invasões ao imóvel
Muros foram construídos no local para evitar as seguidas invasões ao imóvel
Reprodução

Após diversas denúncias e alertas de moradores de Ipanema, na Zona Sul do Rio, a massa falida do antigo Grupo Galileo construiu dois muros para impedir a entrada de pessoas em um imóvel da UniverCidade. O prédio da antiga instituição de ensino, na Rua Almirante Saddock de Sá, nº 276, era alvo de furtos. 

O problema é que a demora para finalizar as obras contribuiu para novas invasões e a sensação de insegurança no local parece não ter fim para os moradores da região. 

O engenheiro Rodrigo Hirsch relata que, antes do término das obras, usuários de drogas quebraram parte do muro e se apoiavam em tijolos para conseguir entrar no imóvel.

A designer Beatriz Miller conta que não há mais janelas no imóvel da Rua Almirante Saddock de Sá, 276. 

Ainda há mais dois prédios na Rua Almirante Saddock de Sá. Um deles possui estacionamento que alaga quando chove. O outro imóvel também é alvo constante de invasões. Ainda não há movimento da massa falida para construir muros nesses imóveis. 

Assim como a antiga Universidade Gama Filho, a UniverCidade foi descredenciada do Ministério da Educação em 2014. Dois anos depois, o Grupo Galileo, que administrava as duas instituições de ensino, teve sua falência decretada.

Após a falência do Grupo Galileo, a massa falida está sob responsabilidade dos advogados Cleverson Neves, Gustavo Licks, e Frederico Ribeiro, nomeados pela 7ª Vara Empresarial. Diferentemente do caso da Gama Filho que o campus está incorporado à massa falida, os imóveis da UniverCidade não estão dentro do processo.

A administração da massa falida afirmou que atendeu a um pedido dos moradores para construir os muros. Entretanto, a nota não respondeu sobre a previsão para instalação de muros nos outros prédios e se já foi contabilizado a perda material dos itens furtados e depredados.

*Estagiário sob supervisão de Isabele Rangel