Médicos da Alemanha poderão fazer perícia no corpo do marido de cônsul alemão

O belga Walter Henri Maximilien foi morto em agosto do ano passado no apartamento do casal

Por João Boueri

Médicos da Alemanha poderão fazer perícia no corpo do marido de cônsul alemão
Médicos Alemães farão perícia no corpo do marido de cônsul alemão
Divulgação/Polícia Civil RJ

Os médicos forenses da Alemanha vão poder fazer uma nova perícia complementar no corpo do marido do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn fora do Brasil. A decisão é da Justiça do Rio.

O magistrado Gustavo Gomes Kalil já havia autorizado o exame adicional. No entanto, tinha negado o envio das amostras para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Social de Berlim. O belga Walter Henri Maximilien foi morto em agosto do ano passado no apartamento do casal, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal e do MP de Berlim. O resultado da perícia complementar será compartilhado com a Bélgica e depois enviado ao Brasil.

Uma perícia chegou a ser realizada na terça-feira (23) pelos médicos alemães. Os profissionais recolheram amostras do baço, bile, cabelo, fígado, músculos e rins. Segundo o Instituto Médico Legal, o material retirado não causou prejuízo à integridade do corpo. De acordo com a Polícia Civil, o cadáver já apresenta sinais de deterioração

Segundo o advogado criminalista Carlos Maggiolo, a Justiça do Rio também pode autorizar a inclusão do laudo que será produzido na Alemanha no processo criminal do Brasil.

No dia seguinte, o MP do Rio solicitou à Justiça a expedição de carta rogatória para citação do cônsul alemão e o envio de ofício à Interpol para compartilhamento da informação do endereço onde o acusado supostamente reside na Alemanha.

Uwe Herbert Hahn é réu pelo crime de homicídio. O Ministério Público de Berlim também abriu investigação contra ele. O cônsul sequer foi intimado das decisões judiciais.

Uwe chegou a ser preso em flagrante. No entanto, dias depois, a Justiça determinou o relaxamento da prisão do cônsul. Em seguida, o acusado embarcou para a Alemanha.

O corpo de Walter Henri Maximilien está acautelado no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, desde o homicídio.

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