O miliciano Jefferson Araujo dos Santos, conhecido como Chica, e um comparsa tentaram fugir da Polícia Civil, antes de serem presos em Seropédica, na Baixada Fluminense. Chica é apontado como chefe do grupo paramilitar envolvido no tiroteio que deixou um estudante morto e duas crianças feridas no início de abril, no Centro do município.
Ele e o outro integrante da quadrilha, apontado como braço direito de Chica, foram presos nesta segunda-feira (29).
Segundo a Polícia Civil, após a identificação dos envolvidos no confronto pelo domínio da região, os criminosos começaram a ser monitorados pelos investigadores.
De acordo com o delegado Mauro César da Silva Júnior, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Chica e o comparsa foram localizados em uma casa na região central da cidade, tentaram fugir, mas foram capturados.
"Na data de hoje, a gente conseguiu identificar uma residência na qual eles estavam homisiados. Realizamos uma operação lá no Centro de Seropédica e conseguimos cercar o local. Mesmo assim, eles tentaram escapar, pulando para a casa de vizinhos, que são várias casas, umas coladas nas outras. Um deles foi preso dentro de um guarda-roupa, no quarto de uma criança, e o outro foi preso escondido no banheiro".
O delegado Mauro César explica ainda que a investigação segue em andamento para prender outros integrantes da milícia que participaram do confronto no início de abril.
"Agora a investigação continua, três criminosos que participaram desse tiroteio já tinham sido presos. Hoje a gente prendeu mais dois e já temos outros identificados. A gente vai continuar as investigações tanto para identificar e prender os que ainda estão em liberdade quanto para conseguirmos identificar da arma de quem, de qual grupo criminoso partiu o disparo que acertou o estudante e o levou a morte e também que partiram os disparos que acertaram as duas crianças que foram vitimadas, socorridas e sobreviveram".
Na ação, os agentes também apreenderam dois fuzis, 11 carregadores de fuzil, mais de 100 munições, rádios comunicadores e dois coletes balísticos, além de um carro clonado.
A morte de Bernardo Paraíso aconteceu no dia 8 de abril, durante uma troca de tiros entre milicianos rivais na BR-465, a antiga Estrada Rio-São Paulo. A vítima era estudante da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que fica na cidade. Ainda no início de abril, dois policiais civis ficaram feridos, após confronto com criminosos na mesma rodovia.
Na semana seguinte, a Polícia Militar prendeu sete pessoas durante uma operação integrada para combater a milícia na região. Além das prisões, oito ocorrências foram registradas, como construções irregulares e crimes de pirataria.
