A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio tentam descobrir o paradeiro do chefe da maior milícia do estado, que continua foragido. Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, foi alvo de uma operação contra o grupo nesta semana e mais uma vez não foi encontrado.
A denúncia do MP aponta uma rede de proteção, propina e informações privilegiadas das forças de segurança do estado. Um comparsa de Zinho se refere a ele como "menino" em mensagens interceptadas pelos promotores e avisa: "pede para o "menino" se cuidar, pois haverá operações policiais nos próximos dias". O mensageiro de Zinho responde "show de bola, vou avisar ele aqui".
Outro miliciano que não foi encontrado e segue foragido é apontado pelos investigadores como "CEO das cobranças do bando": Jonathas Rodrigues Medeiros, de 29 anos, conhecido como Pardal. Empresas de construção civil, engenharia e até terceirizados de obras públicas só conseguem atuar na área controlada pelos milicianos com pagamento de propina, segundo as investigações.
Os promotores também afirmam que os diálogos flagrados são estarrecedores, porque Pardal arquiteta embargar obras que não estão em dia com o pagamento das taxas, agindo como verdadeiro fiscal de um estado paralelo.
Para tentar não ser flagrada pelos órgãos de controle financeiro, a milícia passou a usar até pagamentos fracionados via Pix das vítimas da extorsão.