O Ministério Público Eleitoral vai apurar possíveis irregularidades no uso da máquina pública por parte da deputada estadual Lucinha, assim como do filho dela, Junior da Lucinha, que é secretário municipal de Envelhecimento Saudável.
A denúncia partiu de moradores de Santíssimo, na Zona Oeste do Rio. Quem vive na região afirma que a direção da Comlurb, responsável pelo serviço no bairro usa os garis para direcionar os serviços com o objetivo de atender as áreas indicadas pelos políticos. A deputada chegou a distribuir um panfleto, marcando um encontro com moradores do bairro Vila São Marcos. O objetivo era discutir trocas de lâmpadas, pode de árvores, limpeza das ruas e operação tapa buraco nas vias públicas.
Os moradores de Santíssimo ainda denunciam que ainda os bairros Monte Sinai e Cesarinho são priorizados para atender a deputada e o filho dela, quem vive no bairro ainda reclama que as regiões de Manguariba, Palmares e Venda da Varanda precisam dos mesmos serviços, mas não são atendidos como a mesma frequência, já que não estão no radar da Lucinha e do Junior da Lucinha.
Especialistas apontam que a possibilidade de crime de propaganda antecipada só pode se configurar se a deputada estadual Lucinha concorrer à reeleição. O cientista político Guilherme Carvalhido ressalta a dificuldade em provar a irregularidade, apesar de considerar inegável que os serviços oferecidos pela parlamentar, cabem ao Executivo.
Em nota, a Comlurb informou que tem como principal objetivo a limpeza urbana no município do Rio, sobretudo na coleta domiciliar, limpeza dos logradouros públicos, areias das praias, parques públicos, do mobiliário urbano, dos túneis, viadutos, e, em especial, a limpeza e higienização de hospitais. O comunicado ainda ressalta que qualquer cidadão pode requerer os serviços através dos canais de comunicação oficial.
A Secretaria municipal de Conservação, responsável pelas operações tapa buracos na cidade, comunicou apenas que executa e programa os serviços de acordo com as vistorias de manutenção realizadas, periodicamente, pelas Gerências regionais e também por meio das solicitações recebidas pelo 1746, canal oficial entre a população e a Prefeitura do Rio.