Das 12 testemunhas que estavam previstas, apenas três compareceram à primeira audiência de instrução e julgamento do assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, morto a pauladas em um quiosque na Zona Oeste do Rio, em janeiro de 2022. A sessão aconteceu nesta sexta-feira (7), no Tribunal de Justiça do Rio.
O juízo da 1ª Vara Criminal da Capital ouviu testemunhas de acusação do processo. A primeira a depor foi a mãe de Moïse, Lotsove Lolo Lavy Ivone. Ela relatou como soube da morte do filho e explicou a relação profissional dele com o quiosque Tropicália, onde o crime aconteceu.
Aleson Fonseca, Brendon Alexandre e Fábio Pirineus foram presos uma semana após o crime e respondem por homicídio triplamente qualificado. Além deles, outras três pessoas foram indiciadas por omissão do socorro.
A mãe de Moïse falou da sensação de ter ficado frente a frente com os acusados.
O irmão dele, Maurice Mugeny, questionou a versão apresentada pela defesa dos presos.
A segunda pessoa a ser ouvida foi Viviane de Mattos Faria, que administrava o quiosque Biruta, que fica ao lado do local do assassinato. Ela afirmou que estava trabalhando na noite do crime, mas que não chegou a ver o que aconteceu. Viviane e outras duas pessoas são investigadas pelo Ministério Público por suposta omissão de socorro.
O irmão dela, Alauir de Mattos Faria, que é policial militar, foi o último a depor. Ao final da audiência, o Ministério Público pediu um período de cinco dias para tentar localizar as testemunhas que não foram encontradas para intimação.
A continuação da audiência está marcada para o dia 28 de julho, quando devem ser ouvidas testemunhas arroladas pela defesa dos acusados.