A professora Monique Medeiros, que responde pela morte do filho, Henry Borel, de 4 anos, não pode sair de casa sem autorização da justiça. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio instalou, nesta quarta-feira, uma tornozeleira eletrônica nela, depois que a justiça converteu a prisão preventiva em medidas cautelares.
Assim que o Ministério Público do Rio for notificado sobre a decisão, vai recorrer em instância superior. O pai de Henry, Leniel Borel, que é assistente de acusação no caso, também vai apresentar um pedido para que Monique volte para a cadeia.
Segundo o promotor Fabio Vieira, a mãe do menino não deveria ser beneficiada com o relaxamento da prisão pois também é denunciada como responsável pela morte do filho.
Monique também está proibida de conversar com qualquer pessoa, com exceção de parentes e advogados, e não pode fazer postagens em redes sociais. Ela deve ficar em um endereço diferente da casa onde morava com Jairo e Henry. Se descumprir alguma dessas ordens, pode voltar para a cadeia.
Na decisão, a juíza Elizabeth Machado Louro manifestou preocupação com as ameaças contra a ré dentro da cadeia e disse que a prisão "não favorece a garantia da ordem pública". A magistrada negou o relaxamento da prisão de Jairinho, que continua preso em regime fechado. Ele e Monique são réus por homicídio triplamente qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
Em nota, a defesa do ex-parlamentar disse que decisão favorável a Monique significa uma vitória já que sempre sustentou a inocência de ambos e a falta de materialidade. Os advogados acreditam que os mesmos argumentos utilizados pela juíza servem, igualmente, para Jairinho.