Moradores da cidade do Rio se queixam de aumento alarmante na conta de água

Um levantamento feito pela administradora Estasa identificou que mais de 600 condomínios viram suas faturas dobrarem de valor

Por Thuany Dossares

Moradores da cidade do Rio se queixam de aumento alarmante na conta de água
Moradores da cidade do Rio se queixam de aumento alarmante na conta de água
Pedro França/Agência Senado

Moradores de condomínios da cidade do Rio têm se queixado de um aumento alarmante em suas contas de água. Um levantamento feito pela administradora Estasa identificou que mais de 600 condomínios viram suas faturas dobrarem de valor. Segundo o Procon-RJ, o número de queixas aumentou em 564% na comparação com o início de 2022.  

Em Ipanema, na Zona Sul do Rio, o síndico do condomínio Uirapuru, Marcos Vinicius, disse que as contas quadruplicaram de valor, depois que a Águas do Rio trocou o hidrômetro, em agosto do ano passado. De R$ 2 mil, a conta saltou para R$ 8 mil em fevereiro deste ano.  

O diretor-geral da administradora Estasa, Luiz Barreto, explica que, além das trocas de hidrômetros, que foram feitas desde a transição da antiga companhia para a Águas do Rio, outro fator que fez aumentar os valores das contas é o método usado para a medição do gasto.  

Segundo Luiz, em prédios, principalmente comerciais, a cobrança voltou a ser feita baseada em uma taxa fixa, independente da quantidade de consumo, o que acaba não representando o consumo real. Dessa forma, o valor majorado é enviado para o condomínio através de uma conta única. Luiz Barreto diz que esse método era usado pela antiga concessionária e foi proibido pela Justiça.  

O Procon-RJ informou que entrou com uma verificação preliminar sobre o tema, contra a concessionária, e já pediu a entrada no julgamento de processo repetitivo no Superior Tribunal de Justiça.  

Procurada, a Águas do Rio alegou que realiza cobrança de tarifa mínima em conformidade com a Lei Federal, que prevê 15m³ como mínimo residencial (independente do tipo de imóvel) e 20m³ para empreendimentos comerciais. Segundo a empresa, no caso de condomínios onde não há hidrômetros individualizados, a cobrança é feita considerando que cada unidade deve pagar a tarifa mínima, como ocorre com qualquer cidadão que tenha sua casa ou comércio fora de um condomínio. 

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