
O Ministério Público do Rio afirma que o Termo de Ajustamento de Conduta feito com a empresa de óleos e lubrificantes que pegou fogo, na Ilha do Governador, na Zona Norte, não foi concluído por causa de complicações técnicas no valor da indenização.
No ano passado, a Moove manifestou interesse em assinar TAC, visando a reparação dos danos ambientais causados pela operação da fábrica.
Moradores do entorno denunciam que a Moove não acionou as sirenes de emergência para alertar sobre o incêndio de grandes proporções que atingiu 1200 metros quadrados das instalações da empresa no último sábado (08). A Agência Nacional do Petróleo e a Polícia Civil investigam as causas.
Só na madrugada desta segunda-feira (10) que os bombeiros apagaram 100% do fogo. As atividades na fábrica da empresa Moove foram suspensas. Apenas a movimentação de caminhões nas áreas que não foram afetadas mantiveram as atividades.
A professora Vera Lúcia mora ao lado da fábrica. Ela reclama da falta de aviso aos moradores por parte da empresa.
O artista plástico Nelson Gallo contou sobre o susto ao ver a dimensão do incêndio. Ele afirma que o vento ajudou a fumaça a se espalhar pra longe das casas.
Procurada, a empresa Moove, afirmou que as sirenes não foram acionadas porque a fábrica não estava operando, e que a brigada de incêndio interna trabalhou rapidamente para combater o fogo. A empresa reforçou que realiza treinamentos mensais.
O Instituto Estadual do Ambiente afirmou que foram identificados resíduos oleosos na Baía de Guanabara, e que foram utilizados cerca de dois quilômetros de barreiras para conter o material.
Ainda de acordo com o órgão, as equipes vão seguir atuando na contenção e recolhimento dos resíduos para evitar a dispersão para outras áreas. A empresa Moove afirmou que recolheu cerca de 280 metros cúbicos de resíduos da água.
Segundo o Ministério Público do Rio, os impactos ambientais provocados pela unidade já tinham sido citados em uma Ação Civil Pública. O órgão estadual ainda ressaltou que vai solicitar um relatório técnico detalhado sobre a operação da fábrica, as possíveis causas do incêndio e os impactos ambientais.