Morte após procedimento estético: Polícia diz que médico tem quatro passagens

Os crimes incluem violência doméstica, lesão corporal, injúria e exercício ilegal de profissão

Ryan Lobo

Investigadores aguardam o laudo de necrópsia para identificar a causa exata da morte Reprodução/Redes Sociais
Investigadores aguardam o laudo de necrópsia para identificar a causa exata da morte
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil afirma que o médico responsável pelo procedimento estético que teria provocado a morte de uma mulher em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tem quatro passagens por violência doméstica, além de lesão corporal, exercício arbitrário das próprias razões, ou seja, fazer justiça com as próprias mãos, injúria e exercício ilegal de profissão. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (27), pela corporação.

Ronald Renti da Rocha informava nas redes sociais que tinha título de especialista em cirurgia plástica, o que foi negado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ele também não é membro da entidade.

Ele é investigado pela morte de Rosimery de Freitas, de 50 anos, que morreu após realizar hidrolipo com o médico. 

Parentes de Rosimery afirmam que o médico teria fugido após a morte, sendo localizado horas depois, já na delegacia. Enquanto isso, segundo os familiares, o corpo da vítima teria ficado dentro da clínica até a chegada da remoção, horas depois da morte. 

Vídeos gravados pelos familiares de Rosimery mostram remédios vencidos e produtos que estariam em local impróprio para armazenamento. Eles também denunciam que pessoas ligadas ao médico tentaram retirar produtos de dentro da clínica antes da chegada da polícia. Em uma das gravações, uma mulher é questionada sobre a movimentação no local.

Uma perícia foi realizada no local e as primeiras testemunhas já foram ouvidas, inclusive o médico.

Os investigadores aguardam o laudo de necrópsia para identificar a causa exata da morte. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro vai abrir uma sindicância para apurar os fatos.

Procurada, a assessora pessoal do médico informou que não vai se pronunciar sobre o assunto por enquanto.

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