A principal hipótese para a morte dos três filhotes de baleia-jubarte, na Região dos Lagos, é causa natural. As necropsias feitas nos animais não sugerem ação humana. Entre os animaizinhos, estava um ainda com cordão umbilical. A baleia havia nascido há poucos dias. Os casos aconteceram em um intervalo de quatro dias.

A médica veterinária do Instituto BW, que trabalha com conservação e reabilitação de animais selvagens, Paula Baldassun, explica que, com o aumento da população da espécie, é normal o consequente crescimento de casos de baleias encontradas mortas.

O aumento da população da espécie está ligado à proteção e, consequentemente, à preservação da espécie. Atualmente, há cerca de 30 mil baleias-jubarte no Atlântico Sul. Mas, na década de 60, os animais quase entraram em extinção, já que somente 500 deles existiam na mesma região. Foi preciso uma Lei de Proteção Internacional para frear a pesca predatória.

Além disso, a migração das baleias-jubarte é comum nessa época do ano. Salvatore Siciliano, coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz, destaca que as fêmeas vêm ao litoral do Brasil ter os filhotes, já que as águas são mais quentes. Ele explica ainda que temperaturas por aqui são consideradas ideais para o nascimento das baleias.

Ainda devem ser feitos outros exames nos animais para atestar a causa das mortes. Os episódios aconteceram nas cidades de Arraial do Cabo, Cabo Frio e Búzios, entre os dias 13 e 17 deste mês.