MP do Rio denuncia oito pessoas por mortes após incêndio em hospital na Tijuca

Segundo o órgão, dois diretores e quatro funcionários do Hospital Badim, além de dois diretores da empresa Stemac, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado

Gustavo Sleman

Hospital Badim, na Tijuca Reprodução
Hospital Badim, na Tijuca
Reprodução

O Ministério Público do Rio denuncia oito pessoas pelas mortes de 17 pacientes após incêndio que atingiu um hospital particular na Zona Norte. O caso ocorreu em 2019. Segundo o órgão, dois diretores e quatro funcionários do Hospital Badim, além de dois diretores da empresa Stemac, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado.

Segundo a denúncia, as chamas tiveram início devido a uma anomalia no funcionamento do motor de partida do gerador da marca Stemac, cuja instalação não obedeceu às normas técnicas vigentes de segurança.

Ainda de acordo com o MPRJ, Marcelo Vieira Dibo e Virgínia de Fiqueiredo Marques, diretores da unidade, assumiram o risco das mortes ao possuírem ciência do descumprimento das normas de segurança e da precariedade das instalações do compartimento. Já Jorge Luiz Buneder e João Luiz Buneder, da Stemac, assumiram o risco ao determinarem a elaboração do projeto.

Os quatro funcionários do hospital, o engenheiro Norbert Bierbele; o engenheiro de segurança do trabalho Alberto Drumond Rocha; a coordenadora de manutenção, Lúcia de Cássia dos Reis Batista; e a chefe do setor de arquitetura, Márcia Regina Pereira da Rocha, assumiram o risco por terem ciência da precariedade das instalações do espaço destinado ao grupo de geradores e aos tanques de armazenamento de óleo diesel.

A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos denunciados.

A STEMAC disse, em nota, que lamenta profundamente a tragédia ocorrida no Hospital Badim, em setembro de 2019, e esclarece que, desde o incidente, tem se colocado à disposição das autoridades para fornecer todas as informações necessárias sobre o funcionamento, operação e manutenção do grupo gerador instalado na unidade em 2009. A empresa afirmou ainda que é improcedente a denúncia contra dois de seus diretores, pois o fornecimento do equipamento obedeceu a todas as normas técnicas vigentes e que a manutenção do equipamento estava absolutamente em dia, até as vésperas do incêndio.

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