A mulher de 43 anos morta por uma bala perdida durante um tiroteio entre criminosos e policiais em Madureira, na Zona Norte do Rio, era moradora da região e estava indo ao banco, quando foi atingida.
As irmãs de Adriana dos Santos Ribeiro foram ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro identificar e liberar o corpo dela nesta quinta-feira (4). Muito emocionadas, elas não quiserem dar entrevista à imprensa, mas, segundo elas, Adriana vendia artigos online com o marido.
Adriana dos Santos deixa ainda uma filha.
Ao todo, sete pessoas ficaram feridas na troca de tiros, que aconteceu na Avenida Ministro Edgar Romero, a principal da região, próximo ao Mercadão de Madureira. Era de tarde e a via estava bastante movimentada. Segundo a polícia, os bandidos reagiram a uma abordagem.
A Polícia Civil disse que os criminosos faziam parte de uma quadrilha especializada em roubo e furto de veículos. Quatro homens foram presos em flagrante e três deles precisaram ser levados para hospitais sob custódia.
Dois agentes da Delegacia da Praça Seca ainda foram atingidos, mas tiveram alta no mesmo dia e passam bem. Uma outra mulher, não identificada, foi ferida e levada a um hospital da região. Ainda não há informações sobre o quadro de saúde dela.
A sensação de insegurança de quem anda por Madureira não é nova. Há um mês, cinco pessoas foram baleadas na mesma região. Uma menina de 9 anos, Esther Assis, e um entregador de gás morreram. A criança voltava da escola. Os outros atingidos se recuperaram bem. Um morador, que teve a voz distorcida e a identidade preservada, conta que os moradores andam com medo pela região.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga a morte da vendedora Adriana. Com mais esse caso, sobre para 70 o número de vítimas de bala perdida na Região Metropolitana do Rio apenas neste ano, segundo o Instituto Fogo Cruzado.