Mulher é esfaqueada pelo ex-marido na Baixada; ele ainda tentou abusar dela

Homem não se conformava com o fim do relacionamento; para escapar da morte, ela precisou prometer que voltaria para Wellington dos Santos Simbras

Por Thuany Dossares

Mulher é esfaqueada pelo ex-marido na Baixada; ele ainda tentou abusar dela Divulgação
Mulher é esfaqueada pelo ex-marido na Baixada; ele ainda tentou abusar dela
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Uma mulher foi esfaqueada pelo ex-marido, que ainda tentou abusar sexualmente dela durante o ataque, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O homem não se conformava com o fim do relacionamento. Segundo Larissa Pimenta de Melo, de 33 anos, para escapar da morte, ela precisou prometer que voltaria para Wellington dos Santos Simbras, de 38 anos.

O acusado, que trabalha como gerente de clínicas odontológicas, foi indiciado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti por tentativa de feminicídio e está foragido.

O crime aconteceu no dia 5 de dezembro, durante uma festa do barracão de candomblé que a vítima frequenta, no bairro Vilar dos Teles. Mesmo sem fazer parte do grupo religioso, Wellington frequentava o local às vezes para acompanhar a ex-esposa.

Larissa conta que, no dia do ataque, Wellington foi ao local na tentativa de se reaproximar dela. No único momento em que ficaram sozinhos, ele a atacou com uma faca de pão dentro do carro.

O laudo do exame de corpo de delito identificou 30 ferimentos no corpo de Larissa, a maioria deles na cabeça.

O casal manteve um relacionamento por oito anos, nos últimos três, casados. De acordo com Larissa, ela decidiu pedir a separação há dois meses, por conta de mentiras.

Policiais da Deam de São João de Meriti estão fazendo buscas para tentar capturar o criminoso.

A vítima conta que a coisa que mais espera desde o dia do crime é que seu ex-marido seja preso, para que ela possa tentar retomar a rotina.

O que aconteceu com Larissa está longe de ser um caso isolado. Esse é o quarto registro de violência contra a mulher que ganhou repercussão nos últimos sete dias. Além disso, dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, em 2022, o estado do Rio registrou 88 feminicídios e 235 tentativas entre janeiro e outubro. O número de feminicídios nos dez meses deste ano já é maior que os registros em todo o ano passado. Em 2021, foram 85 casos e 264 tentativas de feminicídio.

Em uma tentativa de dar mais proteção às mulheres, a Polícia Militar lançou o aplicativo Rede Mulher em outubro. A plataforma ajuda no socorro às vítimas de violência e ainda conta com um botão de emergência, que permite um atendimento prioritário à ela.

A coordenadora do Programa Maria da Penha, da Polícia Militar, Tenente Coronel Claudia Moraes, explica como o aplicativo pode ser usado.

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