Mulher morta baleada no Complexo da Maré, vai ser enterrada nesta quarta-feira

A Polícia Civil tenta identificar a origem do disparo que matou uma mulher de 30 anos

Por Pedro Dobal

Mulher morta baleada no Complexo da Maré, vai ser enterrada nesta quarta-feira
Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio
Filipe Macon/BTN/BandNewsFM

A Polícia Civil tenta identificar a origem do disparo que matou uma mulher de 30 anos no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. 
 
Alessa Vitorino foi atingida nas costas na Vila do João quando levava uma amiga para casa na tarde de segunda-feira (9). Ela foi socorrida para a UPA da região, mas já chegou morta à unidade. 
 
A amiga dela, que mora na Maré, foi baleada na perna e já recebeu alta do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. As duas foram atingidas enquanto a Polícia Civil realizava mais uma fase da Operação Torniquete na região, com o objetivo de prender criminosos ligados ao roubo de carros e de cargas. 
 
O pai de Alessa, Daniel Vitorino, lamenta que a família seja mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro. 
 
Alessa trabalhava como contadora no Centro do Rio e, há poucos meses, realizou o sonho de comprar um apartamento. Ela tinha acabado de ganhar uma promoção no trabalho e já planejava uma viagem com toda a família, como conta o irmão, Alexsey Vitorino. 
 
Segundo os investigadores, o local onde elas foram atingidas não foi preservado, o que pode atrapalhar as investigações. 
 
A Polícia Civil acredita que os criminosos dispararam propositalmente na direção de inocentes para desviar o foco dos agentes e dificultar o avanço das equipes, o que o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, classificou como ato terrorista. 
 
O tiroteio chegou a impactar as três principais vias expressas do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Linha Amarela. Helicópteros da polícia deram rasantes na região. Quem estava no meio do fogo cruzado tentou se proteger ao lado de muretas ou atrás dos carros. 
 
Dois suspeitos morreram, outros dois foram baleados e 13 foram presos durante a operação. 
 
Os agentes apreenderam seis fuzis, duas pistolas, munição e 150 kg de drogas. Sessenta e oito veículos foram recuperados. Dentro da comunidade, as equipes encontraram uma oficina que fazia a clonagem de veículos, principalmente modelos de luxo. 
 
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, apenas neste ano, 103 pessoas foram atingidas por balas perdidas na Região Metropolitana do Rio. Dessas, 22 morreram. 

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