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Mulher que levou idoso morto para banco diz que tomava remédios controlados

Em depoimento, Érika de Souza Vieira disse que o homem ia usar dinheiro de empréstimo para pagar reforma da casa e televisão

Por Clara NeryFernanda CaldasGabriela Souza

Érika de Souza Vieira levou corpo de idoso para banco
Érika de Souza Vieira levou corpo de idoso para banco
Reprodução

A mulher que levou um idoso de 68 anos sem vida para realizar um empréstimo em uma agência bancária, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, afirmou em depoimento que estava desestabilizada e sob efeito de medicação de uso controlado quando chegou à delegacia. Ela foi presa em flagrante após o episódio, na terça-feira (16).  

No depoimento, Érika de Souza Vieira disse ainda que Paulo Roberto Braga já tinha solicitado o empréstimo de R$ 17 mil em março e que iria fazer a retirada naquele dia. Segundo ela, o dinheiro seria usado na compra de uma televisão e na reforma da casa dele.

O idoso foi levado até a agência um dia depois de ter recebido alta médica da Unidade de Pronto Atendimento de Bangu. Ele tinha dado entrada na unidade no dia 8 de abril com quadro de infecção pulmonar.

A defesa da acusada afirma que Érika poderia estar em surto, uma vez que fazia uso de medicamentos devido a transtornos psicológicos. A advogada Ana Carla de Souza Correia diz ainda que, antes de ficar internado, Paulo tinha uma vida ativa e fazia as atividades sozinho.

Documentos apontam que Érika é prima de Paulo, mas ela afirma que há um erro na documentação e que, na verdade, é sobrinha dele.

Érika já foi transferida para o Presídio José Frederico Marques, porta de entrada do sistema penitenciário do Rio, em Benfica, na Zona Norte.

A mulher não tem direito de pagar fiança. Ela vai responder por furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, quando ocorre menosprezo ou ultraje ao cadáver ou às cinzas.