A Procuradoria Geral do Município do Rio vai recorrer da decisão liminar da Justiça que suspendeu a caducidade dos contratos de concessão do sistema BRT.
Em nota, a PGM lamentou o fato de não ter conseguido apresentar a sua defesa. Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes disse que suspender a encampação por causa da paralisação é dar razão ao locaute feito por aqueles que teriam destruído o BRT.
No último dia 17, após um período de intervenção, o município rompeu os contratos do BRT com os consórcios e passou a gestão para a empresa pública Mobi-Rio.
Na decisão deste sábado (26), a juíza Georgia Vasconcellos da Cruz, devolveu a operação aos consócios sob a justificativa da ausência de ampla defesa. Havia uma audiência de mediação marca para o dia 7 de março, mas a decisão da magistrada foi antecipada em função da paralisação dos motoristas do BRT, nesta sexta-feira (25). Apenas os consórcios Internorte e Transcarioca foram contemplados.
Com isso, a tramitação do processo administrativo aberto pelo município está suspensa até que sejam concluídas as análises dos contratos e do desequilíbrio econômico-financeiro na operação do BRT.
Neste sábado (26), cerca de 30 ônibus já estavam circulando. No Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, houve desinformação pela manhã.
A Prefeitura informou, ainda, que os motoristas que participam da greve estão com os salários em dia e que todas as indenizações passadas foram pagas com recursos públicos.
Ainda neste sábado (26), a Mobi-Rio anunciou a demissão por justa causa de oito pessoas que estariam liderando o movimento de paralisação do sistema e não respeitaram a decisão judicial que determinou o retorno imediato de, pelo menos, 80% da frota do sistema, na sexta-feira (25).