Um laudo médico do Instituto de Perícias Heitor Carrilho aponta que o capitão do Corpo de Bombeiros acusado de atropelar e matar um ciclista no Recreio, na Zona Oeste do Rio, não apresenta sinais clínicos de doença mental ou dependência química.
João Maurício Correia Passos é réu por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O episódio ocorreu no ano passado na Avenida Lúcio Costa. O documento médico indica que ele é usuário nocivo de álcool.
Claudio Leite da Silva, de 57 anos, foi atropelado na madrugada do dia 11 de janeiro do ano passado. Depois do acidente, o capitão ainda dirigiu por mais 300 metros até bater o carro no meio-fio.
Pouco antes do acidente, Mauricio foi flagrado por imagens de câmeras de segurança bebendo vodka e uisque em um posto de gasolina.
Ainda de acordo com as investigações, o capitão trafegava acima do limite de velocidade da via, de 70 km/h.
A advogada criminalista e mestre em ciência penais, Carolina Medici, explica que mesmo que a pericia seja uma prova técnica não significa que o juiz vá tomar uma decisão com base no laudo.
João Maurício Correia Passos foi preso pouco depois do acidente, mas foi solto um mês depois após ter afirmado na audiência de custódia que era alcoólatra e precisava de tratamento.
Em julho, a Justiça determinou o afastamento do capitão de todas as funções junto à corporação.
O oficial já havia sido preso uma semana antes por agredir a mulher, deficiente física, mas foi solto no mesmo dia.