O projeto de retomada das obras da estação de metrô da Gávea, na Zona Sul do Rio, não inclui a ligação direta com o Leblon. A ideia é que, neste primeiro momento, apenas o túnel entre São Conrado e Gávea seja utilizado pelas composições.
O Termo de Ajustamento de Conduta elaborado pelo Governo do Rio em conjunto com o Ministério Público foi enviado ao Tribunal de Contas do Estado na terça-feira (14). A análise pelo Plenário do TCE deve ocorrer nos próximos dias.
O documento estabelece as mesmas medidas previstas no acordo entre o governo e a concessionária MetrôRio anunciado no ano passado. A proposta é que a empresa invista cerca de R$ 600 milhões na construção, em troca da prorrogação da concessão por 10 anos, até 2048.
As obras estão paradas desde junho de 2015.
Quase uma década depois, o presidente da Associação dos Moradores da Gávea, René Hasenclever, afirma que tem dificuldade para acreditar na inauguração da nova estação. Ele também defende a importância dela não apenas para os moradores, mas para os estudantes da PUC-Rio, que fica no bairro.
A estação já custou R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos. Ela começou a ser construída pelo Consórcio Rio-Barra, que é o atual responsável pela linha 4, e deveria ficar pronta para os Jogos Olímpicos de 2016. Em 2018, como não havia previsão para a retomada dos trabalhos, os engenheiros decidiram encher os buracos feitos nas obras com água, para evitar desmoronamentos.
No fim do ano passado, o governador Cláudio Castro chegou a dizer que teme que a estação desabe, apesar de estudos apontarem não haver problemas no local.