O Governo do Rio estima que as obras de conclusão da estação da Gávea possam durar três anos e sete meses. O prazo consta em estudo técnico preliminar feito pela Companhia de Transportes Sobre Trilhos do Estado do Rio (RIOTRILHOS).
Apesar da estimativa, o início das obras passa a ser contado a partir da emissão da Ordem de Serviço. O documento só será elaborado após a finalização do aditivo contratual que vai unificar os contratos de concessão das linhas 1, 2 e 4 do metrô.
A retomada das obras da estação da Gávea tinha sido prometida pela Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana (SETRAM) até o final do ano passado. Em seguida, o prazo passou para janeiro e agora, segundo a pasta, os serviços devem ser iniciados ainda em fevereiro.
A elaboração do novo termo aditivo é feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), contratada pelo Governo do Rio pelo valor de R$ 3,2 milhões.
Na sexta-feira (7), a SETRAM habilitou a concessionária MetrôRio para prosseguir com os trâmites necessários para a consolidação do contrato, após a entrega de toda a documentação solicitada para formalizar a transferência da concessão da Linha 4.
O TAC que permite a retomada das obras da estação da Gávea foi homologado pela Justiça do Rio em outubro de 2024. Pelo acordo, a operação da Linha 4 vai passar a ser feita pelo MetrôRio, que vai investir R$ 600 milhões nos serviços.
O documento também inclui mecanismos para impedir novas interrupções nas obras. Após o início das obras, a situação do buraco de 35 metros de profundidade será analisada, assim como a retirada da água, que precisou ser colocada para evitar danos estruturais dos túneis.
O novo trecho vai operar até a estação São Conrado, uma versão reduzida na comparação com o projeto original.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai investir R$ 97 milhões para as obras. O governador Cláudio Castro garantiu que serão reservados R$ 300 milhões para garantir que a estação seja concluída, caso sejam necessários mais aportes.
O início das obras aconteceu em 2013, durante o governo de Sérgio Cabral. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado apontou um superfaturamento de R$ 3,7 bilhões, o equivalente a 22% do total da obra. A Linha 4, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, foi entregue sem a estação da Gávea.
Procurada, a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana ainda não se posicionou.
