Com a promessa de retirar mais de 2 milhões de metros cúbicos de lodo e sedimentos do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, as obras de dragagem na região devem começar no fim de outubro deste ano. A previsão é de que as intervenções durem 36 meses.
Nesta terça-feira (18), o governador do Rio, Cláudio Castro, assinou a licença ambiental para as obras, que devem contemplar as lagoas da Tijuca, de Jacarepaguá, do Camorim, além do Canal de Marapendi e da Joatinga.
Em um plano para a recuperação do espaço, Castro disse que tem o interesse de fazer um ecoparque na região, com projeto semelhante a um já existente em Miami, nos Estados Unidos.
Agora, a concessionária Iguá deve escolher a empresa que vai realizar a obra. No total, serão investidos 250 milhões de reais.
Em paralelo às obras de dragagem, o governo ainda entregou a licença à Iguá para as obras do coletor de tempo seco, responsáveis pelo saneamento na região. Mais R$ 126 milhões serão investidos pela concessionária para a instalação dos chamados CTS's.
O Sistema de Coletores de Tempo Seco intercepta o esgoto despejado de forma irregular nas galerias pluviais para as redes de esgoto.
Esse sistema funciona nos períodos sem chuva, quando não existe o fluxo de águas pluviais nas galerias interceptadas.
Para o vice-governador e secretário de Meio Ambiente, Thiago Pampolha, as ações precisam ser em conjunto para trazer uma verdadeira recuperação ambiental da lagoa.
As obras devem beneficiar mais de 1 milhão de pessoas que vivem no entorno.
Mais de 80% do material retirado da dragagem vai ser reaproveitado em em outros projetos, segundo a Iguá. O objetivo é não ocupar o aterro sanitário e, sim, reutilizar os dejetos.