Obras do novo Parque Piedade seguem sem previsão para serem iniciadas

O campus da antiga Universidade Gama Filho já havia começado a receber intervenções

Por Amanda OliveiraFernanda Caldas

Obras do novo Parque Piedade seguem sem previsão para serem iniciadas
As obras tinham data para começar no segundo semestre deste ano
Reprodução

A Justiça do Rio vai nomear um novo perito para avaliar os valores dos imóveis do complexo da antiga Gama Filho. O pedido de revisão dos valores foi feito em conjunto pela Massa Falida e pela Prefeitura do Rio após uma divergência na avaliação dos imóveis.

No processo original de falência da universidade, os imóveis demolidos no ano passado pelo município foram avaliados em R$ 41 milhões, já no processo de desapropriação o perito julgou que os dois terrenos valiam R$ 462 mil.  

Em junho de 2022, a Prefeitura do Rio realizou um depósito judicial para dar prosseguimento ao pedido de demolição desses imóveis. Em setembro, a Justiça autorizou a desapropriação. No entanto, a juíza responsável pelo caso não considerou uma outra decisão judicial que determinou a suspensão deste processo. Dois dias depois da demolição, a magistrada voltou atrás da decisão e os imóveis que já tinham sido demolidos voltaram a ser propriedade da Massa Falida.  

No meio do imbróglio, quem sofre são os moradores. Nesta sexta-feira (03), a reportagem da BandNews FM esteve no local e encontrou mato alto, entulho, lixo e pessoas em situação de vulnerabilidade morando nos terrenos.  

A artista plástica, Eduarda Samantésio, conta que, quando a faculdade funcionava, havia diversos benefícios para os moradores da região.

O assistente administrativo e morador da região Bruno Teixeira reclama da insegurança devido ao abandono do local.  

O projeto para o futuro Parque prevê áreas de lazer e um centro cultural, esportivo e educacional, além de espaços para feiras e eventos, parCão, academia, pista de skate, campo de futebol, parque infantil e horta urbana.

A prefeitura do Rio havia colocado todos os processos de desapropriação dos imóveis em Varas de Fazenda Pública. Mas, em fevereiro deste ano, a Justiça aceitou um pedido em que a Massa Falida alegava que os imóveis fazem parte de um complexo e que devem ser julgados na mesma vara do processo original. Assim, todas as ações foram encaminhadas para a uma Vara Empresarial. 

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