Uma operação da Polícia Federal, na região Portuária do Rio, impediu que os devotos entregassem os balaios à Iemanjá, no Píer Mauá, nesta quarta-feira (2). Os presentes dedicados ao orixá foram levados, por dois carros, um da Prefeitura do Rio outro da Guarda Municipal, até a Praça XV, onde foram colocados na Baía.
Em nota, a Polícia Federal informou que os devotos estavam em área restrita e de segurança de navios e instalações portuárias.
A PF também alegou que, no momento, havia uma operação de desembarque de carha sensível, com grande mobilização de órgãos federais e estaduais.
O cortejo acontece há 100 anos. Mas, no ano passado, a tradicional procissão não foi realizada por conta da pandemia. Filha de Iemanjá, fulana de tal reforça a importância da data.
Pelo caminho, fiéis agradeciam e faziam preces àquela que, nas religiões de matriz africana, é considerada a rainha do mar. Pedro Paulo celebrava, ao lado da mãe, Celi Paulo, não somente a festa de Iemanjá, mas também seu próprio o aniversário.
Para o presidente dos Afouxé Filhos de Gandhi, Célio Oliveira, embora seja um dia de festa, a data também é voltada para o combate ao preconceito e à intolerância religiosa.
Coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial, Jorge Freire recordou, também, a morte do congolês Moise Kabagambe, morto na semana passada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Nesta quarta-feira, a Polícia Militar lançou o programa de Proteção à Liberdade Religiosa. O evento contou com a participação da presidente do Instituto de Segurança Pública, Marcela Ortiz, e de líderes de religiões de matrizes religiosas.