Dois suspeitos morreram e três foram presos durante operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Os agentes apreenderam três fuzis, uma pistola e uma granada.
Mais cedo, um tiroteio fez com que motoristas descessem dos carros na Linha Vermelha, uma das principais vias expressas da cidade, que passa pelo conjunto de favelas. As pessoas deixaram os carros para buscar proteção na mureta da via. Um helicóptero deu rasantes na região.
Na Linha Amarela, que liga as Zonas Norte e Oeste, o trânsito no trecho da Maré chegou a ser interditado pela Polícia.
Desde cedo, a Delegacia de Repressão ao Roubo de Furtos de Automóveis e a Delegacia de Repressão ao Roubo de Cargas realizam no local mais uma fase da Operação Torniquete, com o objetivo de cumprir mandados de prisão contra investigados em episódios de roubos de cargas e carros no Rio.
De acordo com as investigações, bandidos do Comando Vermelho baseados na Maré recebem ordens de chefes do tráfico da facção no Complexo da Penha, também na Zona Norte, e montam todo o apoio logístico para crimes que são cometidos na capital e na Região Metropolitana.
Ainda segundo a Polícia Civil, os roubos de cargas e carros servem para os criminosos criarem uma caixinha do tráfico. O dinheiro financia a compra de armamento, munição e garante o pagamento de uma "mesada" aos parentes de presos e dos chefes do grupo.
No Complexo da Penha, os bandidos são chefiados pelo traficante Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca. Já na Maré, os bandidos responsáveis pelo grupo são Rodrigo da Silva Caetano, vulgo Motoboy, e Jorge Luís Moura Barbosa, conhecido como Alvarenga.