
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, volta a afirmar que o remanejamento das instalações da CEG localizadas no terreno do Gasômetro, na Zona Portuária do Rio, são de responsabilidade do município. O espaço foi arrematado pelo Flamengo para a construção de um estádio em julho do ano passado. A afirmação foi feita por Paes através das redes sociais nesta quinta-feira (23).
Na última quarta (22), a Agenersa enviou um ofício para o clube reiterando que a construção do estádio no local está condicionada à uma solução para as instalações de gás. No documento, a agência ainda afirma que se qualquer intervenção for feita no terreno sem a remoção segura dos equipamentos, medidas legais para a suspensão das obras serão tomadas.
Segundo o órgão, as instalações da CEG que ficam no espaço são essenciais para a distribuição de gás canalizado para aproximadamente 400 mil usuários.
No mês passado, após a Agenersa solicitar que houvesse diálogo entre o clube e a concessionária, o Flamengo disse que não reconhecia que a agência tinha competência para estabelecer responsabilidades para o clube em relação ao terreno.
No entanto, a Agenersa garantiu que a prefeitura tinha conhecimento de que o vencedor do certame público seria o responsável pela transferência das instalações.
Em setembro de 2024, o prefeito Eduardo Paes, através das redes sociais, havia garantido que a Prefeitura do Rio iria arcar com os custos da transferência das instalações da CEG.
No entanto, em dezembro do ano passado, o município voltou atrás e afirmou que competia ao Flamengo remanejar as estruturas e que a prefeitura apenas seria responsável pela limpeza do terreno.
Nesta quinta-feira (23), Paes voltou a dizer que o município iria arcar com esta responsabilidade. Na publicação, o prefeito disse que adversários da construção do estádio estão criando problemas onde não tem.
Em nota, a Agenersa afirmou que cabe a agência regular a adequação e a segurança do serviço público de distribuição de gás canalizado e portanto, a construção do estádio do Flamengo em São Cristóvão, no terreno do antigo Gasômetro, está condicionada à definição de uma solução para transferência que deve ser negociada entre o clube e a CEG.
Em nota, a Nuturgy disse que à construção do estádio na área do Gasômetro estão em tratativa entre as partes. Segundo a concessionária, a estação de gás existente no loca ocupa apenas 1% da área do terreno de 86 mil m2.