A presidente do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, Dilma Rousseff, diz que os países do Sul Global têm dificuldade de financiamento e que o Estado precisa ter papel articulador para mudar esse cenário.
Durante evento do G20 nesta segunda-feira (22), a ex-presidente do Brasil afirmou que as dívidas reduzem o espaço fiscal dos países e que aqueles em desenvolvimento pagam taxas de juros mais altas do que os desenvolvidos, quando fazem empréstimos, o que dificulta o combate a crises.
Dilma disse ainda que os Estados precisam agir para uma mudança no sistema financeiro, como o uso de moedas digitais, para aumentar a capacidade de financiamento.
As declarações foram dadas durante a abertura do States of the Future, evento do G20 que acontece no Rio de Janeiro até sexta-feira (26), com discussões envolvendo questões como inteligência artificial e biotecnologia.
Também participaram o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ex-alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, ex-diretora executiva da ONU Mulheres e ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, além do secretário-geral assistente da ONU e administrador assistente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Marcos Athias Neto.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o BRICS tem papel decisivo frente às mudanças geopolíticas e econômicas globais.
O States of the Future acontece de forma paralela à Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20. Já a cúpula do G20 acontece em novembro no Rio de Janeiro.