Parentes de jovem acidentado em Duque de Caxias denunciam negativa de cirurgia no hospital

Guilherme Cerri, de 22 anos, se acidentou no dia 28 de dezembro do ano passado

Por João Tuasco (sob supervisão)

Parentes de jovem acidentado em Duque de Caxias denunciam negativa de cirurgia no hospital
Hospital Municipal Adão Pereira Nunes
Divulgação

Parentes do jovem que sofreu um acidente de moto em Duque de Caxias reclamam que Hospital Municipal Adão Pereira Nunes não estaria autorizando a cirurgia na coluna e na perna do paciente. O motivo alegado seria a traqueostomia realizada no rapaz. 
 
Guilherme Cerri, de 22 anos, se acidentou no dia 28 de dezembro do ano passado. A família relata que ele precisou ser entubado, e na extubação, não conseguiu respirar sozinho e, por isso, foi feita a traqueostomia. Emergencialmente, também foi feita uma cirurgia na perna, em que colocaram um pino. 
 
O jovem atualmente está respirando sozinho, se alimentando e bebendo água por via oral, está lúcido, sem nenhum tipo de infecção. 
 
Por causa do quadro estável, a doutora que acompanha o paciente avaliou que a traqueostomia pode ser retirada e que o equipamento não impediria operações. 
 
Apesar disso, o hospital, segundo os relatos, se recusa a fazer as cirurgias necessárias para a recuperação do homem.   
 
A irmã, Bruna Cerri, reclama da situação:   

Pessoas lá de dentro mesmo falam que acidentados de moto são largados para morrer. Essa é a realidade. Sendo que meu irmão está em sofrimento. Ele está lá há quase 50 dias sentindo dores. Ele está lúcido. Ele está na mesma posição. Ele está começando a ficar com escoriações nas costas e não tem nenhuma justificativa para essa demora toda.

Procurada, a Prefeitura de Duque de Caxias afirma que iniciou a retirada da cânula de traqueostomia e foi colocada uma cânula metálica menor. 
 
Ainda assim, a equipe da neurocirurgia segue afirmando que a "traqueostomia será um impedimento para a realização do procedimento cirúrgico, portanto será necessário aguardar até o término do processo de decanulação para que o procedimento seja realizado". 
 
Quanto ao fixador externo, que imobilizava a perna do paciente, a direção informou que foi preciso retirá-lo para que o paciente pudesse realizar exame de ressonância magnética, que não permite materiais metálicos no paciente. A equipe da ortopedia irá agendar a fixação e posteriormente o procedimento de correção cirúrgica. 

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