Passageiros denunciam problemas no elevador de acessibilidade nos ônibus municipais do Rio

De acordo com os relatos, foram mais de 20 ônibus que não pararam no ponto ou que apresentaram problemas no elevador de acessibilidade

Por Vinícius CalixtoJoão Tuasco (sob supervisão)

Passageiros denunciam problemas no elevador de acessibilidade nos ônibus municipais do Rio
Segundo a pasta, muitos motoristas não sabiam manusear o equipamento
Divulgação

Vinte ônibus municipais do Rio foram autuados pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor por apresentar problemas nos elevadores de acessibilidade. Segundo a pasta, muitos motoristas não sabiam manusear o equipamento.

Na última quarta-feira (29), uma mulher teve dificuldade de embarcar com seu filho, que é cadeirante, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul. Segundo Verônica Fonseca, ela e Matheus, aguardaram mais de duas horas por coletivos da linha 455 e 457. Ainda de acordo com os relatos, foram mais de 20 ônibus que não pararam no ponto ou que apresentaram problemas no elevador de acessibilidade.

A mulher ainda chamou três policiais militares para ajudá-la a abordar os ônibus. Apenas o vigésimo primeiro motorista parou e conseguiu colocar o rapaz no veículo através do elevador de cadeirantes.

Indignada com a situação, Verônica Fonseca, desabafou sobre o constragimento que passou com seu filho.

Matheus possui uma doença degenerativa chamada de Ataxia de Freidreich, que causa fraqueza muscular e na coordenação motora. Além de Verônica, outros passageiros também presenciam problemas diários com acessibilidade nos ônibus.

A aposentada Marlene Pinto pega ônibus todos os dias. Ela afirma que os motoristas sequer sabem utilizar os equipamentos de acessibilidade.

Procurada, a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que faz ações de fiscalização diariamente nos equipamentos de acessibilidade dos ônibus e que todos os coletivos municipais são obrigados a possuir o elevador acessível. Os veículos com problemas nos equipamentos de acessibilidade podem ser lacrados e os consórcios responsáveis têm o subsídio cortado.

Em 2024, foram descontados mais de R$ 73 milhões do subsídio pago aos consórcios por má prestação de serviços como ar-condicionado inoperante, falta de acessibilidade, operar abaixo da quilometragem, má conservação, dentre outros.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais