
Apontado como um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, é investigado pela Polícia Federal por terrorismo. O criminoso pode se tornar o primeiro traficante a ser indiciado no Brasil por esse tipo de crime.
Chefe da facção Terceiro Comando Puro, Peixão comanda o tráfico das comunidades do autodenominado Complexo de Israel, na Zona Norte da capital fluminense. O conjunto de favelas engloba regiões da Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral.
Nos últimos meses, ações na tentativa de capturar o criminoso registraram episódios de bandidos ligados a Peixão atirando contra policiais e inocentes em vias expressas como Avenida Brasil e da Linha Vermelha.
Em outubro de 2024, três pessoas morreram durante tiroteio na Avenida Brasil. O episódio foi lembrado pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Victor Santos, para a tipificação do crime.
Peixão é acusado de promover terror social, utilizando o domínio dele para impor a própria religião, perseguindo e atacando quem segue e pratica outras religiões. O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, diz que se a tese for aceita pela Justiça, seria um avanço no combate ao crime.
Em 2024, durante reunião entre governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio Cláudio Castro apresentou uma proposta pela estadualização das leis penais. O político argumentou que, dessa forma, os estados teriam melhores resultados no combate ao crime já que cada unidade federativa possui as próprias características.
Na ocasião, Castro voltou a abordar o episódio no Complexo de Israel. Segundo ele, os criminosos envolvidos no tiroteio cometeram terrorismo.