Após incêndio em galpão de fantasias em Ramos, 20 pessoas permanecem internadas

Ao todo, 22 vítimas foram resgatadas e encaminhadas para pelo menos seis unidades de saúde, mas duas já receberam alta

Por Gustavo SlemanFernanda CaldasDaniel HenriqueVinícius CalixtoGabriela MorgadoMaria Eduarda VieiraVinicius Fernandes

Após incêndio em galpão de fantasias em Ramos, 20 pessoas permanecem internadas
Mais de 90 militares atuaram para combater o fogo no local
Filipe Macon/BTN/BandNews FM

O incêndio de grandes proporções que atingiu uma fábrica onde era confeccionadas fantasias e outras vestimentas de carnaval em Ramos, na Zona Norte do Rio, foi marcado por imagens de desespero e solidariedade. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (12). A fumaça rapidamente se espalhou pelas ruas do bairro e invadiu casas e prédios próximos. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h40 e controlou o incêndio após 2 horas. Ao todo, 13 unidades operacionais atuaram no resgate das vítimas e no combate às chamas. Além disso, aproximadamente 90 militares trabalharam na ocorrência, com o apoio de 30 viaturas. As chamas atingiram cerca de 500 metros quadrados.  

22 vítimas foram resgatadas e encaminhadas para pelo menos seis unidades de saúde, entre eles hospitais municipais, estaduais e federais. A maioria das pessoas deu entrada por queimadura em via aérea após inalação de fumaça tóxica.  

O aderecista Wesley da Cruz Ricardo, de 27 anos, estava dormindo no quarto andar do prédio quando foi acordado por gritos indicando o incêndio. Ele usou as janelas para conseguir respirar.  

Apesar dos momentos de tensão, o episódio também mostrou a solidariedade entre os próprios trabalhadores e vizinhos do local, que auxiliaram no contato com os bombeiros e no resgate das vítimas. 

Um funcionário, que preferiu não se identificar e teve a voz distorcida, ajudou 10 pessoas a escaparem do incêndio.  

Uma escola particular localizada perto da fábrica precisou interromper o funcionamento na manhã desta quarta-feira por conta da intensa fumaça, como explica a diretora Simone Marcolino.  

No local, funcionava a Maximus Confecções, onde funcionários faziam a confecção de fantasias e outros materiais de escolas de diferentes divisões do Carnaval carioca. Pelo menos três escolas estão entre as mais afetadas pelo episódio: Unidos de Bangu, Unidos da Ponte e Império Serrano. 

O local e o prédio anexo foram interditados pela Defesa Civil municipal após equipes do órgão verificarem que o fogo ocasionou dano à estrutura e que há risco de desabamento da estrutura interna. 

Ainda na tarde desta quarta-feira (12), a Polícia Civil realizou uma perícia na fábrica e identificaram que lugar funcionava com energia clandestina. Os agentes e também equipes da Light devem retornar ao local nesta quinta-feira (13) para uma nova vistoria. 

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