
O incêndio de grandes proporções que atingiu uma fábrica onde era confeccionadas fantasias e outras vestimentas de carnaval em Ramos, na Zona Norte do Rio, foi marcado por imagens de desespero e solidariedade. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (12). A fumaça rapidamente se espalhou pelas ruas do bairro e invadiu casas e prédios próximos.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h40 e controlou o incêndio após 2 horas. Ao todo, 13 unidades operacionais atuaram no resgate das vítimas e no combate às chamas. Além disso, aproximadamente 90 militares trabalharam na ocorrência, com o apoio de 30 viaturas. As chamas atingiram cerca de 500 metros quadrados.
22 vítimas foram resgatadas e encaminhadas para pelo menos seis unidades de saúde, entre eles hospitais municipais, estaduais e federais. A maioria das pessoas deu entrada por queimadura em via aérea após inalação de fumaça tóxica.
O aderecista Wesley da Cruz Ricardo, de 27 anos, estava dormindo no quarto andar do prédio quando foi acordado por gritos indicando o incêndio. Ele usou as janelas para conseguir respirar.
Apesar dos momentos de tensão, o episódio também mostrou a solidariedade entre os próprios trabalhadores e vizinhos do local, que auxiliaram no contato com os bombeiros e no resgate das vítimas.
Um funcionário, que preferiu não se identificar e teve a voz distorcida, ajudou 10 pessoas a escaparem do incêndio.
Uma escola particular localizada perto da fábrica precisou interromper o funcionamento na manhã desta quarta-feira por conta da intensa fumaça, como explica a diretora Simone Marcolino.
No local, funcionava a Maximus Confecções, onde funcionários faziam a confecção de fantasias e outros materiais de escolas de diferentes divisões do Carnaval carioca. Pelo menos três escolas estão entre as mais afetadas pelo episódio: Unidos de Bangu, Unidos da Ponte e Império Serrano.
O local e o prédio anexo foram interditados pela Defesa Civil municipal após equipes do órgão verificarem que o fogo ocasionou dano à estrutura e que há risco de desabamento da estrutura interna.
Ainda na tarde desta quarta-feira (12), a Polícia Civil realizou uma perícia na fábrica e identificaram que lugar funcionava com energia clandestina. Os agentes e também equipes da Light devem retornar ao local nesta quinta-feira (13) para uma nova vistoria.
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