Perícia analisa armas utilizadas em ação que deixou jovem morto no Jacarezinho

Delegacia de Homicídios apreendeu o material e vai ouvir testemunhas para entender como Jonatan Ribeiro de Almeida foi baleado

Marcus Sadok

Armas foram levadas para a Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca Google Maps
Armas foram levadas para a Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca
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As armas usadas por policiais militares na ação que terminou com a morte de um jovem de 18 anos na favela do Jacarezinho serão periciadas pela Polícia Civil. A Delegacia de Homicídios da Capital apreendeu o material e vai ouvir testemunhas para tentar entender como Jonatan Ribeiro de Almeida foi baleado na segunda-feira.

Segundo a mãe da vítima, Monique Ribeiro, policiais militares atiraram contra o filho e fugiram.

A PM informou em nota que apreendeu uma arma falsa e drogas com Jonatan, em uma ocorrência do Batalhão de Choque, mas não deixou claro se algum militar foi o autor do disparo. A corporação disse ainda que não foi possível prestar socorro ao jovem pois moradores jogaram pedras e garrafas contra os policiais. Pessoas que estavam no local o socorreram para uma UPA, mas ele não resistiu.

Carlos Roberto, avô de Jonatan, nega que o neto tenha envolvimento com o crime organizado.

Nesta terça-feira parentes foram ao Instituto Médico Legal para reconhecer o corpo do jovem. Testemunhas afirmam que ele conversava com amigos quando foi baleado e que os PMs não teriam feito apreensão alguma, ao contrário do que diz a corporação.

A Polícia Civil disse que Jonatan não tinha ficha criminal. A favela do Jacarezinho foi a primeira ocupada pelas forças de segurança no programa Cidade Integrada, do Governo do Estado, que visa levar serviços para comunidades dominadas pelo crime organizado. No entanto, moradores reclamam que os serviços prometidos não foram cumpridos.

Um protesto foi realizado na Avenida Dom Helder Câmara, que passa em frente a comunidade, após a morte do jovem. Objetos foram incendiados na via.

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