Pescadores que atuam na Barra da Tijuca denunciam que um outro grupo vem praticando a chamada pesca de arrasto na costa da praia da Zona Oeste do Rio, na altura do Quebra-Mar. O método envolve puxar uma rede através da água atrás de um ou mais barcos.
Segundo relatos, a prática está sendo feita a pouco mais de cem metros da costa, o que é considerado ilegal. De acordo com especialistas, além de prejudicar a pesca artesanal, o método, apontado como predatório, também impacta a fauna marinha.
Para o presidente do Instituto Núcleo Maré, ONG socioambiental de educação e preservação da vida marinha, Márcio dos Santos, a ação não se restringe a peixes. Segundo ele, isso também representa uma ameaça a rota das baleias jubarte para a costa do Rio.
Nesta segunda-feira (17), pescadores artesanais publicaram, na Internet, um vídeo em uma embarcação, onde aparecem realizando pesca de arrasto, que é feita com redes de grande porte para pescarias em escalas industriais, contrariando as normas do que pode ser pescado.
Na análise do presidente do Instituto Núcelo Maré, Márcio dos Santos, a fiscalização é fraca para este tipo de prática. Ele cobra maior rigidez nos mares para que as espécies e pescadores legais não sejam prejudicados.
Procurada pela reportagem, a Marinha do Brasil afirmou que atua em ações de fiscalização do tráfego aquaviário e que a fiscalização de irregularidades relacionadas às questões ambientais, como a pesca, o período do defeso, ou outras situações, são de responsabilidade dos órgãos ambientais.
Procurado pela reportagem da BandNews FM, o Instituto Nacional do Ambiente (INEA) ainda não se manifestou.