O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que nunca houve ordem direta do presidente Lula para reduzir os preços dos combustíveis. Durante entrevista coletiva sobre o plano estratégico da companhia para o período de 2024 a 2028, Prates alegou que há ritos específicos para que o Governo Federal solicite mudanças na empresa e um pedido direto de Lula infringiria as normas atuais.
Nesta sexta-feira (24), o presidente da Petrobras também disse que a mudança para uma política de preços menos dependente do mercado internacional garantiu maior estabilidade nos valores dos combustíveis sem comprometer o resultado financeiro da estatal.
O plano estratégico aprovado pelo Conselho de Administração projeta um investimento de US$ 102 bilhões e a produção de 3,2 milhões de barris de óleo e gás por dia nos próximos cinco anos. Cinquenta novos poços devem ser perfurados.
O planejamento também prevê a possibilidade de recompra de ações da empresa e estima o pagamento de R$ 220 bilhões e R$ 270 bilhões em dividendos ao longo do quinquênio.
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sérgio Caetano Leite, ressaltou que os pagamentos estão acima do praticado pelas maiores companhias do setor, mas precisaram ser ajustados para viabilizar novos investimentos.
A Petrobras planeja dobrar os investimentos em projetos de baixo carbono, chegando a US$ 11,5 bilhões entre 2024 e 2028, o equivalente a 11% do investimento total.
Programas de exploração de petróleo e gás vão receber US$ 7,5 bilhões, sendo cerca de 40% destinados às bacias do Sudeste e outros 40% à chamada Margem Equatorial, faixa marítima que se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte com projetos em análise pelo Ibama.