A Petrobras aumenta em 4,3% o preço do querosene de aviação vendido às distribuidoras. O reajuste ocorre em meio ao cenário de alta no preço do petróleo pelo mundo.
Apesar da alta, o preço médio do combustível já acumula queda de 31,7% ao ano. O valor mais barato é de R$ 3.360, por metro cúbico, em São Luís, no Maranhão. Já o maior preço, R$ 3.600 por metro cúbico é vendido em Canoas, no Rio Grande do Sul.
A venda do produto tem reajuste mensal, seguindo o mercado internacional. Só no mês de julho, o petróleo do tipo Brent, matéria prima para o combustível, vendido na Bolsa de Londres, acumulou alta de 13%.
O cenário pressiona a gestão da estatal a diminuir a discrepância entre o preço dos combustíveis praticado no mercado nacional e internacional. Especialistas alertam que valores muito baratos podem gerar distorções no mercado.
Segundo o último levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras estava defasada em R$ 0,76 por litro. No diesel, a diferença chegava a R$ 0,88.
Nesta segunda-feira, a Petrobras disse em nota que não pretende repassar as volatilidades ao consumidor brasileiro.
Já nesta terça (1º), em meio a rumores de que a Petrobras iria aumentar os preços entre esta terça e quarta-feira - atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - houve um encontro entre o presidente da estatal e Lula.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, o reajuste dos combustíveis ficou de fora das discussões, centradas no Plano de Investimentos da Petrobras e no novo PAC.
Em uma rede social, Jean Paul Prates negou qualquer ordem do presidente.
Em nota, a Petrobras afirma que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições para que outras empresas atuem como produtoras ou importadores de QAV.