Petrobras avalia mudanças na política de pagamentos de dividendos aos acionistas

O anúncio foi feito pela diretoria da empresa nesta quarta-feira (19), em um evento com jornalistas

Por Pedro Dobal

Petrobras avalia mudanças na política de pagamentos de dividendos aos acionistas
Petrobras avalia mudanças na política de pagamentos de dividendos aos acionistas
Foto: Agência Petrobras

A Petrobras espera concluir até o fim do mês um estudo para avaliar mudanças na política de pagamentos de dividendos aos acionistas. O anúncio foi feito pela diretoria da empresa nesta quarta-feira (19), em um evento com jornalistas.  

A promessa é que o porcentual pago aos acionistas esteja alinhado aos valores praticados pelas maiores companhias de petróleo e gás do mundo. A expectativa é de que o próximo pagamento, referente ao segundo trimestre do ano, já seja feito seguindo as novas diretrizes.  

Em abril, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de mais de R$ 222 bilhões em dividendos. A medida foi alvo de duras críticas do presidente Lula, que classificou o pagamento como absurdo.

Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a empresa estava sendo preparada para ser vendida na gestão anterior e a liberação de uma porcentagem alta de dividendos fazia parte dessa política.  

O diretor financeiro Sérgio Caetano Leite afirma que uma eventual mudança no pagamento de dividendos pode permitir a ampliação dos investimentos da companhia, mas destaca que qualquer alteração precisa passar pelo Conselho de Administração.  

Durante o evento, a diretoria da Petrobras também afirmou estar confiante com a aprovação das licenças para exploração de Petróleo na chamada Margem Equatorial, faixa marítima que se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. Em maio, o Ibama negou a licença para perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas. A companhia já recorreu e alega que vai atender todas as exigências ambientais.

Outra frente de negócios apontada pela empresa é a de energias renováveis. Segundo Jean Paul Prates, a produção de energia eólica em alto mar na costa brasileira vai ser a mais competitiva do mundo devido ao seu baixo custo.

Jean Paul Prates ainda defendeu a nova política de preços dos combustíveis, que foi anunciada em maio e é menos dependente das variações do mercado internacional. 

Sobre as denúncias de assédio dentro da empresa, a diretoria alegou que deu início a grandes campanhas de educação e aprimorou os canais de atendimento. Das 81 denúncias recebidas até 2022, 10 casos foram confirmados e cinco funcionários foram demitidos.

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