Após as fortes chuvas que atingiram a cidade, Petrópolis enfrenta um aumento nos casos suspeitos de leptospirose, doença transmitida pela exposição direta ou indireta com a urina de animais infectados pela bactéria Leptospira.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nos três primeiros meses de 2022, o município da Região da Serrana já registrou 99 possíveis infecções. No mesmo período do ano passado, foram apenas três notificações.
A pasta emitiu um alerta para que pessoas que tiveram contato com a água ou a lama de enchentes e que apresentarem febre associada e adores de cabeça ou a dores musculares devem procurar uma unidade de saúde.
Para o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, é importante ficar procura ajuda especializada para evitar casos graves e óbitos provocados pela doença.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2012 a 2021, foi registrada uma média de 234 casos prováveis de leptospirose por ano no estado. Em 2011, no entanto, com a ocorrência de chuvas fortes e enchentes no estado, foram notificadas 704 possíveis infecções, com 35 mortes.
Os roedores, como ratos, são os principais hospedeiros da bactéria Leptospira, que invade o organismo através de pequenas feridas na pele, nas mucosas ou em membros que ficam imersos em água contaminada.
A doença pode se manifestar de forma branda, mas há pacientes que evoluem para formas graves. Entre os principais sintomas estão dor de cabeça, dor muscular, febre, anorexia, náuseas e vômitos. Além disso, os infectados podem apresentar cor de pele amarelada, insuficiência renal e hemorragia.