Especialistas dividem opiniões sobre o ponto de vista de que os impactos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na Região Serrana, poderiam ser reduzidos, caso as autoridades locais tivessem feito intervenções preventivas no município.
Nesta terça-feira (15), choveu, em um período de seis horas, cerca de 260 milímetros. O índice é acima da média esperada para todo o mês de fevereiro, que seria de 238 milímetros.
O Professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UERJ, Adacto Ottoni, afirma que os impactos poderiam ser menores, mas a prefeitura não fez as intervenções adequadas após a tragédia de 2011.
O especialista em gerenciamento de risco, Gerardo Portela, diz que a região concentra um alto número de construções irregulares, principalmente em locais de risco. Ele também afirma que medidas preventivas poderiam ter sido adotadas pelas autoridades locais, mas isso não aconteceu.
Já o especialista em drenagem urbana e professor da Escola Politécnica da UFRJ, Matheus Martins, afirma que é difícil uma cidade se preparar para uma chuva como esta que atingiu Petrópolis.
Em 2011, mais de 900 pessoas morreram e quase 100 continuam desaparecidas, após um temporal atingir a Região Serrana. Na época, quase 35 mil pessoas perderam as casas ou tiveram que deixá-las.
O índice é acima da média esperada para todo o mês de fevereiro, que seria de 238 mm
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